Palavras-chave
Educação em saúde
Cyberbullying
Mídias digitais
Estratégias de aprendizagem ativa
Como Citar
Resumo
Objetivo: Este estudo visa analisar o impacto dos meios digitais em um projeto de educação em saúde focado em cyberbullying no contexto escolar.
Métodos: A pesquisa utilizou uma abordagem qualitativa, especificamente Pesquisa-Ação, e coletou dados por meio de um questionário diagnóstico aberto, oficinas de intervenção e uma avaliação de grupo focal com estudantes (N=36) de uma turma do sétimo ano selecionada aleatoriamente em uma escola de um centro universitário em São Paulo, Brasil.
Resultados: Os resultados indicam que os meios digitais desempenham um papel crucial no endereçamento da educação em saúde, particularmente em relação ao cyberbullying. Estratégias de aprendizagem ativa empregadas durante as oficinas foram eficazes, melhorando o envolvimento e compreensão dos alunos sobre os problemas.
Conclusões: As tecnologias digitais são significativas no panorama educacional, oferecendo potencial substancial para melhorar a educação em saúde nas escolas. O estudo sugere que a incorporação de ferramentas digitais e estratégias de aprendizagem ativa pode melhorar significativamente a conscientização e o comportamento de saúde dos alunos.
Referências
ABREU, C.; EISENSTEIN, E; ESTEFENON, S. Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde, na educação e nos comportamentos sociais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
AGATSTON, P. W.; KOWALSKI, R.; LIMBER, S. Students’ Perspectives on Cyber Bullying. Journal of Adolescent Health, v.41, S59–S60, 2010. https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2007.09.003.
ARAÚJO, P; BOTTENTUIT JUNIOR, J. O aplicativo de comunicação Whatsapp como estratégia no ensino de Filosofia, Temática, 2015. https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/tematica/article/view/22939/12666.
AMARAL, K. Bullying: Guia prático para pais e educadores. São Paulo: Polo Printer, 2012.
BARBIER, R. A Pesquisa-Ação. Brasília: Editora Plano, 2002.
BARROS, S. A ética, a escola e a formação da cidadania digital. In: ABREU, C.; EISENSTEIN, E; ESTEFENON, S. Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde, na educação e nos comportamentos sociais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
BECKER, A. P. S.; MAESTRI, T. P.; BOBATO, S. T. Impacto da religiosidade na relação entre pais e filhos adolescentes. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v.67 n.1, 84-98, 2015. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672015000100007&lng=pt&tlng=pt.
BEVILACQUA, L. et al. The role of family and school-level factors in bullying and cyberbullying: a cross-sectional study. BMC Pediatrics, v.17 n.1, 2017. https://doi.org/10.1186/s12887-017-0907-8
BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução Nº 510, de 7 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. Diário Oficial da União, Brasília, 24 de maio de 2016. http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf.
BRASIL. Política Nacional de Promoção da Saúde, 2010. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_promocao_saude_3ed.pdf.
BRASIL. Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS). Revisão da Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006. Brasília, 2015. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnps_revisao_portaria_687.pdf.
BOELL, M.; DE ARRUDA, A. A. Narrativas docentes e discentes no ensino superior: ensino remoto emergencial em tempos de pandemia da Covid-19 e a relação com a cultura digital.
Brazilian Journal of Development, [S. l.], v. 7, n. 1, p. 9963–9977, 2021. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23799.
BOTTINO, S. M. et al. Cyberbullying and adolescent mental health: systematic review. Cadernos de saúde pública, v.31 n.3, p. 463–475, 2015. https://doi.org/10.1590/0102-311x00036114
BOZZA, T. C. L.; VINHA, T. P. Cyberbullying, cyber agressão e riscos on-line: Como a escola pode atuar diante dos problemas da (cyber)convivência. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, p. e023059, 2023. DOI: 10.21723/riaee.v18i00.18444. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/18444.
CRUZ, L. F. S.; SILVA, V. V.; OLIVEIRA, C. D.; ANDRADE , D. C. M. “Cyberbully”, Mídias Sociais Digitais e Ensino Remoto: para Discutir o Combate à Violência Virtual Potencializada em Tempos de Pandemia. Revista de Ensino, Educação e Ciências Humanas, [S. l.], v. 25, n. 2, p. 319–326, 2024. DOI: 10.17921/2447-8733.2024v25n2p319-326. Disponível em: https://revistaensinoeeducacao.pgsscogna.com.br/ensino/article/view/10282.
GÁMEZ-GUADIX, M. et al. Longitudinal and Reciprocal Relations of Cyberbullying With Depression, Substance Use, and Problematic Internet Use Among Adolescents. Journal of Adolescent Health, v.53 n.4, p. 446–452, 2013. https://doi.org/10.1016/j.jadohealth.2013.03.030.
GATTI, B. Grupo focal na pesquisa em ciências sociais e humanas. Líber Livro Editora Ltda, 2005.
GUIMARÃES, J.; ALVES, L; NEVES, I. Guardiões da floresta: delineando possibilidades pedagógicas no ensino da matemática. In: ALVES, L. (org.). Games e suas interfaces. Santo Tirso: Whitebooks, 2015.
GROSSI, M. G. R. Usar tecnologias digitais nas aulas remotas durante a pandemia da COVID-19? Sim, mas quais e como usar? Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 24, p. 1-12, 2021. Disponível em: <https://revistas2.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/15879>.
IBGE. 161,6 milhões de pessoas com 10 anos ou mais de idade utilizaram a Internet no país, em 2022 | Agência de Notícias. 2022. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/38307-161-6-milhoes-de-pessoas-com-10-anos-ou-mais-de-idade-utilizaram-a-internet-no-pais-em-2022>.
KOWALSKI, R. M. et al. Bullying in the digital age: a critical review and meta-analysis of cyberbullying research among youth. Psychological bulletin, v.140 n.4, p. 1073–1137, 2014. https://doi.org/10.1037/a0035618
MADERO, C. Bullying: Brasil tem recorde de registros em 2023, com 10 mil casos por mês. UOL Notícias. 2024. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/colunas/carlos-madeiro/2024/01/25/com-10-mil-casos-por-mes-pais-tem-recordede-registros-de-bullying-em-2023.htm>.
MINAYO, M. O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. São Paulo: Editora Hucitec, 2004.
MONTEIRO, A. Ensinar e aprender com ferramentas da web 2.0. In: SILVA, S.; MONTEIRO, A; MOREIRA, J. (orgs.). Ensinar e aprender com tecnologias na era digital: um script de aportes teórico-práticos. Santo Tirso: Whitebooks, 2016.
MORAN, J.; MASETTO, M.; BEHRENS, M. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica, Campinas: Papirus, 21ª edição, 2013.
OLIVEIRA, K. Hiperconectados. São Paulo: Ed Polo Printer, 2015.
OLIVEIRA, T. F. et al. Promoção da saúde mental na escola: diga não ao cyberbullying. Extensão em Foco, [S.l.], n. 31, p. 83-99, ago. 2023. ISSN 2358-7180. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/extensao/article/view/86645>.
PINTO, A. C. et al. Uso de tecnologias da informação e comunicação na educação em saúde de adolescentes: revisão integrativa. Revista de Enfermagem UFPE on Line, v.11 n.2, 634–644, 2017. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v11i2a11983p634-644-2017
RICH, M. As mídias e seus efeitos na saúde e no desenvolvimento de crianças e adolescentes: reestruturando a questão da era digital. In: ABREU, C.; EISENSTEIN, E; ESTEFENON, S. Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde, na educação e nos comportamentos sociais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
SANTOS, T. C. Protagonismo na Cultura Digital: configuração subjetiva da aprendizagem de jovens estudantes. 2020. 132 f.l. Dissertação (Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde) — Universidade de Brasília, 2020.
SECURITY LEADERS. Brasil é segundo país no ranking de Cyberbullying, alerta pesquisa. 2023. Disponível em: <https://securityleaders.com.br/brasil-e-segundo-pais-no-ranking-de-cyberbullying-alerta-pesquisa/>.
SEIXAS, S.; FERNANDES, L.; MORAIS, T. Cyberbullying: um guia para pais e educadores. Lisboa: Plátano Editora, 2016.
SILVA, P. A escola na era digital. In: ABREU, C.; EISENSTEIN, E.; ESTEFENON, S. Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde, na educação e nos comportamentos sociais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-Ação, 18ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2011.
TOLEDO, R. A Pesquisa-Ação nas Áreas da Educação, Saúde e Ambiente: um panorama de seu desenvolvimento nas universidades estaduais paulistas. In: TOLEDO, R; JACOBI, P. A Pesquisa-Ação na Interface da Saúde, Educação e Ambiente. Princípios, Desafios e Experiências Interdisciplinares. São Paulo: Annablume, 2012.
VIANA, Flankiney Ramos. BULLYING ESCOLAR: UMA VISÃO GERAL DO CYBERBULLYING NO COTIDIANO ESCOLAR NO PÓS-PANDEMIA. EDUCERE - Revista da Educação da UNIPAR, [S. l.], v. 22, n. 1, 2022. DOI: 10.25110/educere.v22i1.2022.8908. Disponível em: https://unipar.openjournalsolutions.com.br/index.php/educere/article/view/8908.
WENDT, G.; LISBOA, C. Agressão entre pares no espaço virtual: definições, impactos e desafios do cyberbullying. Psicologia Clínica, v.25 n.1, 73–87, 2013. https://doi.org/10.1590/s0103-56652013000100005
WENDT, G.; LISBOA, C. Compreendendo o fenômeno do cyberbullying. Temas em Psicologia, v. 22 n.1, 39-54, 2014. https://dx.doi.org/10.9788/TP2014.1-04.
WILLIAMS, L.; STELKO-PEREIRA, A. Por fora bela viola: pesquisa e intervenção sobre cyberbullying. In: ABREU, C.; EISENSTEIN, E.; ESTEFENON, S. Vivendo esse mundo digital: impactos na saúde, na educação e nos comportamentos sociais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2013.
WHO. World Health Organization. Health for the World’s Adolescents. 2014. http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/112750/1/WHO_FWC_MCA_14.05_eng.pdf?ua=1.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Neilia Gomes da Silva Braga, Giovanna da Silva, Cristina Zukowsky-Tavares