Avaliação do risco de doença cardiovascular em indivíduos obesos
PDF

Palavras-chave

Perfil de saúde
Doença Cardiovascular
Obesidade

Como Citar

Figlie Mielle Ramos, L., Borges Cordeiro de Souza, L., Menezes Santos, T., de Paiva Maia, P., Clemente Resende, D., & Silva, L. T. da. (2024). Avaliação do risco de doença cardiovascular em indivíduos obesos. Lifestyle Journal, 11(00), e1600. https://doi.org/10.19141/2237-3756.lifestyle.v11.n00.pe1600

Resumo

Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar detalhadamente o risco de doença cardiovascular em indivíduos com diferentes graus de obesidade (graus I, II e III), com foco na relação entre obesidade e recuperação da frequência cardíaca (RFC) após esforço físico. Ao analisar as respostas fisiológicas de indivíduos obesos, o estudo busca identificar potenciais marcadores precoces de risco cardiovascular e destacar a importância de medidas preventivas nessa população.

Originalidade/Valor: O estudo oferece uma análise detalhada de como a obesidade afeta a saúde cardiovascular, examinando a recuperação da frequência cardíaca (RFC) após o exercício. Ele destaca a importância da RFC como um possível indicador de doenças cardiovasculares futuras, especialmente em indivíduos com níveis mais altos de obesidade.

Metodologia: A pesquisa envolveu 55 participantes, divididos em quatro grupos com base nos níveis de obesidade (I, II, III e grupo controle). Foram realizadas medições antropométricas, como peso corporal, estatura e perímetro abdominal. A frequência cardíaca foi medida em repouso, imediatamente após o teste de degrau e durante um período de recuperação de 5 minutos.

Resultados: Os resultados mostraram que indivíduos com níveis mais altos de obesidade apresentaram pior recuperação da frequência cardíaca. Os participantes dos grupos de obesidade de grau II e III apresentaram maior risco cardiovascular em comparação ao grupo controle. A correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e a recuperação da frequência cardíaca foi forte, indicando que quanto maior o grau de obesidade, pior é a recuperação da RFC.

Conclusão: A recuperação da frequência cardíaca (RFC) está atenuada em indivíduos...

https://doi.org/10.19141/2237-3756.lifestyle.v11.n00.pe1600
PDF

Referências

BELLENGER, Clint R. et al. Monitoring athletic training status through autonomic heart rate regulation: a systematic review and meta-analysis. Sports medicine, v. 46, p. 1461-1486, 2016.

BORRESEN, Jill; LAMBERT, Michael I. Autonomic control of heart rate during and after exercise: measurements and implications for monitoring training status. Sports medicine, v. 38, p. 633-646, 2008.

BRYDON, Lena et al. Circulating leptin and stress‐induced cardiovascular activity in humans. Obesity, v. 16, n. 12, p. 2642-2647, 2008.

CARNETHON, Mercedes R. et al. Influence of autonomic nervous system dysfunction on the development of type 2 diabetes: the CARDIA study. Diabetes care, v. 26, n. 11, p. 3035-3041, 2003.

CARNETHON, Mercedes R. et al. Correlates of heart rate recovery over 20 years in a population sample. Medicine and science in sports and exercise, v. 44, n. 2, 2012.

COLE, Christopher R. et al. Heart-rate recovery immediately after exercise as a predictor of mortality. New England journal of medicine, v. 341, n. 18, p. 1351-1357, 1999.

COOTE, John H. Recovery of heart rate following intense dynamic exercise. Experimental physiology, v. 95, n. 3, p. 431-440, 2010.

DAANEN, Hein AM et al. A systematic review on heart-rate recovery to monitor changes in training status in athletes. International journal of sports physiology and performance, v. 7, n. 3, p. 251-260, 2012.

FERNANDES, T. C. et al. Frequência cardíaca de recuperação como índice de aptidão aeróbia. Revista da Educação Física/UEM, v. 16, p. 129-137, 2005.

KANNANKERIL, Prince J. et al. Parasympathetic effects on heart rate recovery after exercise. Journal of investigative medicine, v. 52, n. 6, p. 394-401, 2004.

LAMPERT, Rachel et al. Decreased heart rate variability is associated with higher levels of inflammation in middle-aged men. American heart journal, v. 156, n. 4, p. 759. e1-759. e7, 2008.

LIMA, J. R. P.; OLIVEIRA, T. P.; FERREIRA-JÚNIOR, A. J. Recuperação autonômica cardíaca pós-exercício: Revisão dos mecanismos autonômicos envolvidos e relevância clínica e desportiva. Motricidade, v. 8, n. 2, p. 419-430, 2012.

LINS, Tereza Cristina Barbosa et al. Relação entre a frequência cardíaca de recuperação após teste ergométrico e índice de massa corpórea. Revista Portuguesa de Cardiologia, v. 34, n. 1, p. 27-33, 2015.

LOPES, Heno Ferreira; EGAN, Brent M. Autonomic dysregulation and the metabolic syndrome: pathologic partners in an emerging global pandemic. Arquivos Brasileiros De Cardiologia, v. 87, p. 538-547, 2006.

MATHEW, Boban et al. Obesity: effects on cardiovascular disease and its diagnosis. The Journal of the American Board of Family Medicine, v. 21, n. 6, p. 562-568, 2008.

NISHIME, Erna Obenza et al. Heart rate recovery and treadmill exercise score as predictors of mortality in patients referred for exercise ECG. Jama, v. 284, n. 11, p. 1392-1398, 2000.

OKUTUCU, Sercan et al. Heart rate recovery: a practical clinical indicator of abnormal cardiac autonomic function. Expert review of cardiovascular therapy, v. 9, n. 11, p. 1417-1430, 2011.

PANZER, Claudia et al. Association of fasting plasma glucose with heart rate recovery in healthy adults: a population-based study. Diabetes, v. 51, n. 3, p. 803-807, 2002.

PEÇANHA, Tiago; SILVA‐JÚNIOR, Natan Daniel; FORJAZ, Claudia Lucia de Moraes. Heart rate recovery: autonomic determinants, methods of assessment and association with mortality and cardiovascular diseases. Clinical physiology and functional imaging, v. 34, n. 5, p. 327-339, 2014.

RISSANEN, Päivi; FRANSSILA‐KALLUNKI, Anja; RISSANEN, Aila. Cardiac parasympathetic activity is increased by weight loss in healthy obese women. Obesity research, v. 9, n. 10, p. 637-643, 2001.

SAVONEN, K. P. et al. Two‐minute heart rate recovery after cycle ergometer exercise and all‐cause mortality in middle‐aged men. Journal of internal medicine, v. 270, n. 6, p. 589-596, 2011.

SHETLER, Katerina et al. Heart rate recovery: validation and methodologic issues. Journal of the American College of Cardiology, v. 38, n. 7, p. 1980-1987, 2001.

THAYER, Julian F.; LANE, Richard D. The role of vagal function in the risk for cardiovascular disease and mortality. Biological psychology, v. 74, n. 2, p. 224-242, 2007.

VINIK, A. I.; MASER, R. E.; ZIEGLER, D. Autonomic imbalance: prophet of doom or scope for hope?. Diabetic Medicine, v. 28, n. 6, p. 643-651, 2011.

ZEYDA, M. et al. Severe obesity increases adipose tissue expression of interleukin-33 and its receptor ST2, both predominantly detectable in endothelial cells of human adipose tissue. International journal of obesity, v. 37, n. 5, p. 658-665, 2013.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Leticia Figlie Mielle Ramos, Larissa Borges Cordeiro de Souza, Thiago Menezes Santos, Patricia de Paiva Maia, Davison Clemente Resende, Elias Ferreira Porto

Downloads

Não há dados estatísticos.